Petropolítica

Por: Alice Souza

Primeiramente, é forçoso dizer que o petróleo é classificado como um recurso natural muito estratégico. O que isso quer dizer, afinal? Isso quer dizer que os países que o possuem, conquistam melhorias não só na sua fonte de renda, como conquistam um considerável poder. Esse poder provém da procura de outros países por essa matéria-prima. A procura pelo petróleo se dá pela dependência que, ao longo dos anos e do avanço da tecnologia, a sociedade criou por formas oriundas dele, como a fonte de energia, o combustível e o plástico.
A geopolítica procura compreender relações entre o poder político nacional e o território nacional (espaço geográfico). No tema “petróleo”, ela se aplica de forma a estudar três quesitos, sendo eles os maiores produtores de petróleo, os maiores consumidores e os locais de maior reserva desta matéria.
No Oriente Médio, grande parte da instabilidade política pode ser explicada pela imensa produção dessa mistura de hidrocarbonetos. As reservas ficam situadas próximas à Europa e ao Norte da África, causando tensões nesses territórios. No início de 2016, a Arábia Saudita e o Irã sofrem conflitos que contribuem para dificuldades em acordos dentro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que é uma instituição fundada para organizar de forma centralizada a política petrolífera dos países que a integra, ela tem papel essencial no controle dos preços do barril de petróleo. Importante lembrar que as nações pertencentes ao grupo possuem, ao todo, 75% das reservas do planeta.



Duas crises econômicas foram oriundas da interferência da Opep nas relações petrolíferas. O Segundo Choque do Petróleo foi a ajuda que nações como a brasileira precisavam para começar a valorizar a produção interna e se desprenderem da importação petrolífera. A Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A.) é uma das maiores empresas petrolíferas do mundo e a maior do Brasil, foi fundada em 1953 e trabalha desde a produção até a comercialização do petróleo. No território brasileiro, a atividade petrolífera passou por várias fases de acordo com distinções econômicas e políticas do país.
Atualmente, a política brasileira pode nos levar a duas situações quando o assunto é a mistura de hidrocarbonetos: a primeira nos levará à busca da maior agregação da prática petrolífera no Brasil com países principalmente do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), a segunda, com interesse na predominância das relações econômicas de diferentes regiões, estruturaria estudos que possibilitassem melhora financeira ao país.


Podemos ver então dois ganchos diferentes, um deles mais liberal que o outro em relação a vínculos na produção e comercialização do petróleo. A camada Pré-Sal possibilitou avanços na produção brasileira, visto que anteriormente, o Brasil não era considerado um exportador. Hoje somos considerados um dos 15 maiores extratores de petróleo do mundo, especialmente o marítimo. Em 2013 foram descobertas espionagens de agências de segurança dos Estados Unidos para buscar informes sobre o petróleo brasileiro.
A atividade petrolífera continua sendo uma das personagens principais nas disputas geopolíticas globais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
PENA, Rodolfo F. Alves. GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geopolitica-petroleo.htm>. Acesso em: 6 abr. 2017.
FREITAS, Eduardo de. A PRODUÇÃO DO PETRÓLEO. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-producao-petroleo-no-oriente-medio.htm>. Acesso em: 6 abr. 2017.
SUA-PESQUISA. OPEP. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/opep.htm>. Acesso em: 6 abr. 2017.
REIS, Ciro Marques. A NOVA GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO: SERÁ O BRASIL UM GLOBAL PLAYER? Disponível em: <http://www.grupogeobrasil.com.br/caderno/a_nova_geopolitica_do_petroleo_sera_o_brasil_um_global_player_ciro_marques_reis.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2017.

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